sábado, 14 de abril de 2012

 

Os níveis da escrita - Contribuição de Emília Ferreiro

Nível pré-silábico: Nesta fase a criança não estabelece relação entre fala e escrita. Não faz correspondência entre a grafia e os sons. Usa diferentes formas de representação (garatujas, desenhos, números) para escrever. Há uma grande variação de caracteres. Coincide com um período primitivo do realismo nominal.

Nível silábico: Neste nível a criança relaciona grafia e sons, de maneira que representa cada sílaba (som) por meio de uma letra. No nível silábico primitivo, ela representa a sílaba com qualquer letra, é aleatório. Quando alcança o nível silábico evoluído, ela passa a representar a sílaba com a vogal ou a consoante que aparece na sílaba. Isso ocorre porque a criança passa a representar partes sonoras estáveis das sílabas.

Nível silábico-alfabético: Nesta fase a criança evolui para uma representação mais completa dos sons das palavras. É comum neste nível que na representação gráfica faltem algumas letras, o que leva alguns profissionais a confundirem nível de evolução da escrita com dificuldade de aprendizagem. São coisas distintas: a primeira é uma fase normal do desenvolvimento da escrita, a segunda pode estar relacionada a algum distúrbio como a dislexia, e tem causa neural e genética.

Nível alfabético: Neste nível a criança faz a correspondência da grafia com fonemas (unidades sonoras da língua) que favorece a diferenciação das palavras pelos sons (fonemas) e sinais gráficos da língua (grafemas). Portanto, ela é capaz de fazer a correspondência entre elementos sonoros e a grafia. Nesta fase a criança ainda não é ortográfica, ou seja, ela ainda não escreve conforme os padrões da norma culta, seguindo as regras ortográficas. A ortografia é adquirida com a prática da leitura e escrita.

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